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Tema:
02 junho
Aniger
G-DRAGON (Big Bang) recentemente fez manchete com seu anúncio da mais nova bebida de chá da marca chinesa Nongfu Spring, Chapai. Segundo a mídia coreana, não demorou mais de 40 minutos para a bebida esgotar após o lançamento inicial.
Dada a proibição não oficial da China no que se refere ao entretenimento coreano, o apoio do G-Dragon é uma surpresa para muitos, especialmente para os fãs de K-pop. Claramente, a influência do G-Dragon no mercado jovem da China reina de maneira suprema - mas é suficiente para suspender a "proibição"?
花开了，
— G-ONE (@G_ONE818) April 15, 2020
我回来了。
The flower is blooming.
I am back. #GDRAGON #지드래곤 #권지용 pic.twitter.com/Pcj70P4DBN
Os fortes laços bilaterais da China e da Coréia do Sul deram uma guinada brusca quando, em 2016, a Coréia do Sul concordou em trabalhar em conjunto com os EUA para construir um sistema chamado THAAD (Terminal High Altitude Area Defense), que funciona como um escudo antimísseis para se defender contra ataques da Coreia do Norte.
Essa medida colocou a Coréia do Sul diretamente entre a China e os EUA - dois de seus maiores parceiros comerciais. Um relatório de política externa estima que 25% das exportações da Coréia do Sul acabam na China, enquanto bons 12% vão para os EUA.
Infelizmente para a Coréia do Sul, a China acredita que o sistema de defesa dos EUA representa uma ameaça à segurança nacional da China e pode ser usado para espionar seus próprios programas de mísseis, de acordo com um relatório do South China Morning Post de 2017, e o relacionamento ficou azedo desde então.
Em resumo, todas as coisas coreanas viram uma proibição virtual iminente na China. Sites de streaming coreanos foram bloqueados e usuários populares da Internet pediram o boicote a produtos coreanos e qualquer coisa relacionada ao entretenimento coreano. As celebridades sul-coreanas cancelaram as turnês na China, e os fãs chineses de K-pop tiveram que viajar para o exterior se quisessem ver seus ídolos.
"Pode não envolver armas ou ataques militares, mas o feroz contra-ataque chinês é uma resistência contra a influência estrangeira e uma tentativa de solidificar ainda mais o domínio de Pequim na região", apontou um relatório da Vox de 2017.
Essa medida colocou a Coréia do Sul diretamente entre a China e os EUA - dois de seus maiores parceiros comerciais. Um relatório de política externa estima que 25% das exportações da Coréia do Sul acabam na China, enquanto bons 12% vão para os EUA.
Infelizmente para a Coréia do Sul, a China acredita que o sistema de defesa dos EUA representa uma ameaça à segurança nacional da China e pode ser usado para espionar seus próprios programas de mísseis, de acordo com um relatório do South China Morning Post de 2017, e o relacionamento ficou azedo desde então.
Em resumo, todas as coisas coreanas viram uma proibição virtual iminente na China. Sites de streaming coreanos foram bloqueados e usuários populares da Internet pediram o boicote a produtos coreanos e qualquer coisa relacionada ao entretenimento coreano. As celebridades sul-coreanas cancelaram as turnês na China, e os fãs chineses de K-pop tiveram que viajar para o exterior se quisessem ver seus ídolos.
"Pode não envolver armas ou ataques militares, mas o feroz contra-ataque chinês é uma resistência contra a influência estrangeira e uma tentativa de solidificar ainda mais o domínio de Pequim na região", apontou um relatório da Vox de 2017.
Apesar da proibição, os fãs chineses encontraram maneiras de acessar o conteúdo coreano. Afinal, China e Coréia do Sul compartilham valores semelhantes, e a maneira como os dramas coreanos adaptaram os ensinamentos confucionistas ao estilo de vida modernos dos personagens provou ser atraente e relacionável ao público jovem chinês.
The Heirs, Uncontrollably Fond, My Love from the Star (que também provocou uma mania de frango e cerveja na China), Descendants of the Sun e Sky Castle são apenas alguns dos muitos títulos que se destacam nos sites sociais chineses. Em Pequim, roupas e cosméticos apresentados nos dramas K influenciaram fortemente os hábitos de compra dos fãs, causando até a venda de itens.
The Heirs, Uncontrollably Fond, My Love from the Star (que também provocou uma mania de frango e cerveja na China), Descendants of the Sun e Sky Castle são apenas alguns dos muitos títulos que se destacam nos sites sociais chineses. Em Pequim, roupas e cosméticos apresentados nos dramas K influenciaram fortemente os hábitos de compra dos fãs, causando até a venda de itens.
Claramente, o mercado da China era simplesmente grande demais para ser ignorado, e a Coréia do Sul foi rápida em fazer ajustes. A SM Entertainment foi a primeira das gigantes do entretenimento da Coréia a lançar subunidades de suas populares boy bands especificamente para o mercado chinês.
A agência também impulsionou as carreiras solo de seus artistas chineses em sua terra natal, como Victoria do extinto-grupo feminino f(x) e Lay Zhang do Exo.
A agência também impulsionou as carreiras solo de seus artistas chineses em sua terra natal, como Victoria do extinto-grupo feminino f(x) e Lay Zhang do Exo.
O que G-Dragon tem a ver com a "proibição"?
Outro evento que deixou os fãs esperançosos foi o convite da China para artistas coreanos aparecerem na versão asiática do concerto online We Are The World 2020. O músico de Taiwan Jay Chou, o cantor de Hong Kong Jacky Cheung e o G-Dragon do sul-coreano Bigbang, encabeçaram o show virtual em 30 de abril!
Outro evento que deixou os fãs esperançosos foi o convite da China para artistas coreanos aparecerem na versão asiática do concerto online We Are The World 2020. O músico de Taiwan Jay Chou, o cantor de Hong Kong Jacky Cheung e o G-Dragon do sul-coreano Bigbang, encabeçaram o show virtual em 30 de abril!
No entanto, o relatório sustenta que, embora a presença constante do G-Dragon na China seja considerada "um bom sinal", é muito cedo para concluir uma possível remoção da proibição - que nunca foi reconhecida em primeiro lugar. A medida pode ser simplesmente a maneira da China demonstrar gratidão pelo apoio que a Coréia do Sul deu ao povo chinês diante da pandemia.
Crédito: Equipe Extreme United
Conhecida também pelo nick de
Iori Yoshizuki,
é apaixonada por arte, cultura e literatura. Após adentrar a esse meio, veem redescombrindo a cultura pop asiática, especialmente relacionada a música, atuação, e curiosidades culturais e tecnológicas. Conheça comigo parte desse mini-universo
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