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Conto da Lua - Parte 2: Respeito



Deixemos os elementais e nos concentremos no que acontecera com o pescador.

"A noite fora bondosa comigo", pensara ele antes de chegar em casa.

Em sua embarcação comportara todo espaço vago com tanques de água repletas de peixes. Ele respeitava muito a mãe natureza, nunca capturava mais do que devia, não usava arrastão e devolvia as águas espécimes menores, grávidas e com possibilidade de serem extintas.

As capturadas deixava em tanques com água dentro da embarcação, assim elas se mantinham vivas até o momento certo e caso não negociadas devolvidas a sua origem. Achava que se ele respeitasse o mar esse seria bondoso e assim acontecia a anos.

Estava feliz pela colheita e afobado para chegar em casa e encontrar sua mulher, única pessoa que ele tem no mundo, grávida de seu primogênito.

Foi tão grande o impacto da notícia que recebera da parteira quando chegou!
Sabia que a Lua influência as águas, mas era sua primeira criança, não sabia que esse efeito a faria chegar antes!

Por conta do atraso em ter ajuda, pois eles viviam muito afastados, ele não perdera apenas um rebento, mas também a pessoa mais amada de seu mundo, a esposa.

Seu jeito era firme mesmo sendo rapaz simples.

Após uns instantes de pasmo, com o coração chorando e expressão que confundia entre lucidez, amargura e loucura, jogou toda sua colheita, devolvendo os peixes as águas e exigiu dessas o retorno de sua família, não, ao menos da esposa!

Insatisfeito com a resposta dessas, um desagradável silêncio infinito.

Pegou uma jangada e tomou a direção do oceano... o que faria? Ele não sabia, apenas queria pensar ou fora apenas um gesto de loucura?

Nessa parte as águas estavam agitadas, desorientadas com as manobras que não intendiam de Lua!

Durante essa ressaca, Mar lembrou da troca do pescador e o empurrou até aquele lugar. Lua poderia não gostar de humanos, porém se comovera com a criança, porque não com o pescador?!

O rapaz se sentira desventurado, além de tudo que perdera num único dia, família, sustento e, enfim, embarcação, não sentia vontade alguma de retornar para casa.

Casa?! Achava ironicamente engraçado, afinal era um espaço agora vazio, sem vida, sem retorno, pior, sentiria o cheiro da mulher, seu perfume e mexeria em suas coisas... seria tormento demais.

Nesses espasmos, vê a criança atirada ao chão, não se mexia, nem chorava, Lua já tinha a acalentado. Lágrimas escorrem do seu rosto e relembra sua desgraça.

Se não fosse pelo som das ondas, esse momento não teria qualquer ruído!

Ele se agacha, como se hipnotizado pelo frágil ser, achando que este estivesse morto, porém, ao se aproximar, sente sua frágil respiração, mas não consegue tocá-lo.

Mar tenta se revoltar, pois imaginara desconfiança da Lua.

Esta examina o pretendente a tutor e lhe faz um teste! Busca algo em sua memória....

em seus atos...

na sua história...

nos seus sentimentos...

no seu futuro desconhecido...

...



O pescador torna-se tutor da criança, e esta a sua família!

Ele a ergue aos céus, na direção do Mar, e fez gesto de agradecimento.

Assim, a filha da Lua e Mar recebe um pai humano!


[Continua... próximo mês]




Aniger Lacerda

Conhecida também pelo nick de Iori Yoshizuki, é apaixonada por arte, cultura e literatura. Após adentrar a esse meio, veem redescombrindo a cultura pop asiática, especialmente relacionada a música, atuação, e curiosidades culturais e tecnológicas. Conheça comigo parte desse mini-universo AQUI!
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